quinta-feira, 1 de maio de 2014


Adjetivos

Não vejo mais os adjetivos que tu usavas,
Sim os adjetivos que tu me rotulavas,
Perderam-se no emaranhado  de palavras,
Perderam-se.

Não me criticas mais!
Por quê?
Acabou o motivo,
Ou simplesmente te exaustou de tal feito?

Mulher, cadê?
Onde estão todos os adjetivos?
Viste que não tem lógica, rotulações insanas?

Fiquei sem teus adjetivos,
Adjetivos que me deixavam com ódio,
Mas que eu gostava,
Pois tu fazias-me existir,
Mesmo de maneira errônea.

E hoje de maneira tão mórbida,
Deixaste-me sem os adjetivos que me atribuía,
E hoje eu pergunto-me,
Onde estão os adjetivos que você esperneava com tanto furor,
Onde estão todos os adjetivos?

Autor: Kaype Luigi
          (Pekay Gilui)



Poeta Amador

Nunca soube como fazer versos,
Nunca soube rimar,
Mas no meu tempo,
As letras e os léxicos surgiam como,
Uma pipoca que escapava de uma pipoqueira.

Versos soltos,
Versos talvez tolos,
Simplesmente versos,

Versos, que dentro do mesmo verso,
Continha um poesia inacabada,
Que ia se completando,
Verso por verso.
E em cada verso,
Era uma poesia.

Poesia que como os tais versos soltos,
Era solta também,
E assim sendo,
Cada verso, uma poesia ali continha.

Poesia que muitos não sabiam e não sabem ler,
Não ler no sentindo literário,
No sentindo lógico das coisas,
E sim ler as entre linhas,
Pois cada verso continha o vestígio de um poeta como eu,
Amador!

Autor: Kaype Luigi
              (Pekay Gilui)