quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Chega de tanta corrupção, chega de tanta falsidade, chega de tanta idiotice, chega de tantas mascaras e tanta hipocrisia, chega de filosofia barata e forçada. Pare que tudo isso me digam para que? Só para mostrar para os outros indivíduos que você é culto, que você é inteligente. Ninguém se interessa para o que você sabe, a humanidade escolheu a mediocridade, por tanto parem com isso é inútil, seja diferente! Porque vocês são falsos? Não sorriam, pois o sorriso de vocês não é sincero, não façam papel de intelectuais, pois a sabedoria não esta em mostrar o mínimo que vocês sabem para os outros indivíduos. A sabedoria e a humildade andam mutuamente, você ser humilde é você ser sábio! A sabedoria não é um dogma que deve ser estudado e decorado! Tem sim que ser estudado e compreendido e jamais o estudante deve se vangloriar pelo que sabe, pois tudo aquilo que a pessoa sabe é desprezível e jogado de lado. Por tanto não se iludam achando que sabem tudo, pois o “tudo” é muito limitado se tratando de sabedoria, por isso não se contentem com pouco de conhecimentos que vocês possuam, pois nem os grandes filósofos os quais vocês acham “os fodas”, se contentaram com o pouco de conhecimento que os mesmos possuíam, sempre buscaram mais e mais, sempre contestaram dogmas impostos pela sociedade, e morreram “pobres de sabedoria”.
Por isso não sejam medíocres e nem empolgados, não usem o pouco ou quase nada de conhecimentos que vocês possuam, para se vangloriar para os demais indivíduos da sociedade os quais vocês se integram na ideia de rebaixa-los, e lembre-se que os grandes sábios da historia da humanidade foram procurados pela sociedade e não o inverso, foram reconhecidos pelo pouco de conhecimentos que sabiam, mas sem deixar de pesquisar e sem deixar de crescer intelectualmente. Morreram em busca da ilusória sabedoria, pois não existe o nível máximo de sabedoria, e nenhum ser conseguiu chegar a tal ápice, pois o mesmo não existe!
Autor: Kaype Luigi Santos de Sousa
            (Pekay Gilui)

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Sei que a humanidade não esta perdida! Sei também com plena convicção que só o individuo é capaz de mudar o individuo! Mas será mesmo que poderemos reverter isso?
O ser humano é muito acomodado e muito conformado, acostumou-se com tanta mediocridade. Tal mediocridade que virou uma espécie de câncer na sociedade, problema esse também que impede a evolução da mesma, no âmbito do intelecto quanto no âmbito do financeiro. E com tal mediocridade, o individuo resume-se a nada perante um sistema econômico que vivemos o capitalismo!
O individuo sem conhecimento intelectual, instantaneamente é fácil de ser manipulado pela elite, isso acontecendo o ser humano vira escravo do saber: como assim? O saber a inteligência que ele deveria ter, faz com que esse individuo vire dependente, escravo, ou seja, ele necessita de um crescimento intelecto para que o mesmo ganhe espaço no sistema.
Desde os tempos antigos o homem vem em busca da sabedoria, do conhecimento, assim como existem indivíduos que optam pela mediocridade, o que é errado! Levando em consideração a ideologia do sistema em que vivemos, no qual necessita que o individuo aprenda mais e mais para que o mesmo se mantenha na sociedade e ganhe respeito.
O conhecimento é saúde mental, pois faz com que ocupemos nossas mentes com coisas produtivas e não com besteiras, mas tal conhecimento pode ser uma faca de dois gumes tendo o lado positivo e lado negativo, pois tal ambição pelo conhecimento, pode levarmos ao surto ou pode levar com que nos sentemos superior em ralação a os demais membros da sociedade, fato que pode até ser verdade se tratando de uma  sociedade com tantas doenças ou problemas, sociedade esta que talvez tenha ficado em “coma” induzido devido o nosso sistema econômico, quem sabe, talvez a mesma já tenha nascido com problemas, desde os homens que vieram antes de nós!

Autor: Kaype Luigi Santos de Sousa
                (Pekay Gilui) 
Ai, que saudades que eu tenho
Dos meus doze anos
Que saudade ingrata
Dar banda por aí
Fazendo grandes planos
E chutando lata
Trocando figurinha
Matando passarinho
Colecionando minhoca
Jogando muito botão
Rodopiando pião
Fazendo troca-troca
Ai, que saudades que eu tenho
Duma travessura
Um futebol de rua
Sair pulando muro
Olhando fechadura
E vendo mulher nua
Comendo fruta no pé
Chupando picolé
Pé-de-moleque, paçoca
E disputando troféu
Guerra de pipa no céu
Concurso de pipoca

Chico Buarque de Holanda
O Caderno

SOU EU QUE VOU SEGUIR VOCÊ DO PRIMEIRO RABISCO ATÉ O BE-A-BÁ
EM TODOS OS DESENHOS COLORIDOS VOU ESTAR
A CASA, A MONTANHA, DUAS NUVENS NO CÉU
E UM SOL A SORRIR NO PAPEL
SOU EU QUE VOU SER SEU COLEGA SEUS PROBLEMAS AJUDAR A RESOLVER
SOFRER TAMBÉM NAS PROVAS BIMESTRAIS JUNTO A VOCE
SEREI SEMPRE SEU CONFIDENTE FIEL
SE SEU PRANTO MOLHAR MEU PAPEL
SOU EU QUE VOU SER SEU AMIGO VOU LHE DAR ABRIGO SE VOCÊ QUISER
QUANDO SURGIREM SEUS PRIMEIROS RAIOS DE MULHER
A VIDA SE ABRIRÁ NUM FEROZ CARROSSEL
E VOCÊ VAI RASGAR MEU PAPEL
O QUE ESTÁ ESCRITO EM MIM COMIGO FICARA GUARDADO SE LHE DA PRAZER
A VIDA SEGUE SEMPRE EM FRENTE O QUE SE HÁ DE FAZER
SÓ PEÇO A VOCÊ UM FAVOR SE PUDER
NÃO ME ESQUEÇA NUM CANTO QUALQUER
SÓ PEÇO A VOCÊ UM FAVOR SE PUDER
NÃO ME ESQUEÇA NUM CANTO QUALQUER


Chico Buarque de Holanda

Cisnes Brancos
V
Cisnes brancos, cisnes brancos,
Porque viestes, se era tão tarde?
O sol não beija mais os flancos
Da montanha onde morre a tarde.
O cisnes brancos, dolorida
Minh’alma sente dores novas.
Cheguei à terra prometida:
É um deserto cheio de covas.
Voai para outras risonhas plagas,
Cisnes brancos! Sede felizes...
Deixai-me só com as minhas chagas,
E só com as minhas cicatrizes.
Venham as aves agoireiras,
De risada que esfria os ossos...
Minh’alma, cheia de caveiras,
Está branca de padre-nossos.
Queimando a carne como brasas,
Venham as tentações daninhas,
Que eu lhes porei, bem sob as asas,
A alma cheia de ladainhas.
O cisnes brancos, cisnes brancos,
Doce afago de alva plumagem!
Minh’alma morre aos solavancos
Nesta medonha carruagem...
VI
Quando chegaste, os violoncelos
Que andam no ar cantaram hinos.
Estrelaram-se todos os castelos,
E até nas nuvens repicaram sinos.
Foram-se as brancas horas sem rumo.
Tanto sonhadas! Ainda, ainda
Hoje os meus pobres versos perfumo
Com os beijos santos da tua vinda.
Quando te foste, estalaram cordas
Nos violoncelos e nas harpas...
E anjos disseram : – Não mais acordas,
Lírio nascido nas escarpas!
Sinos dobraram no céu e escuto
Dobres eternos na minha ermida.
E os pobres versos ainda hoje enluto
Com os beijos santos da despedida.

 Alphonsus de Guimaraens
OS PRECONCEITOS DOS FILÓSOFOS

O amor pela verdade que nos conduzirá a muitas perigosas
aventuras, essa famosíssima veracidade de que todos os
filósofos sempre falaram respeitosamente — quantos
problemas já nos colocou! E problemas singulares, malignos,
ambíguos! Apesar da velhice da estória, parece que acaba de
acontecer. Se acabássemos, por esgotamento, sendo
desconfiados e impacientes, que haveria de estranho? É
estranhável que essa esfinge nos tenha levado a nos formular
toda uma série de perguntas? Quem afinal vem aqui interrogarnos?
Que parte de nós tende "para a verdade?" Detivemo-nos
ante o problema da origem dessa vontade, para ficar em
suspenso diante de outro problema ainda mais importante?
Interrogamo-nos sobre o valor dessa vontade. Pode ser que
desejamos a verdade, mas por que afastar o não verdadeiro ou a
incerteza e até a ignorância? Foi a problema da validade do
verdadeiro que se colocou frente a nós ou fomos nós que o
procuramos? Quem é Édipo aqui? e quem é a Esfinge?
Encontramo-nos frente a uma encruzilhada de questões e
problemas. E parece, afinal de contas, que não foram colocados
até agora, que fomos os primeiros a percebê-los, que nos
atrevemos a confrontá-los, já que implicam um risco, talvez a
maior dos riscos.

FRIEDRICH WILHELM NIETZSCHE - ALÉM DO BEM E DO MAL